(…)
Desta vez estou aqui para dizer que estou plenamente de acordo com o artigo escrito pelo MST. Fiquei com uma certa sensação de desconforto, desde que vi o primeiro spot publicitário na televisão. Aquela imagem do Artur que lê um bilhete da Laura a dizer que tinha ido para caso do Pedro, no meu entender, roçava um limiar do mau gosto. Posteriormente, seguiram-se os spots onde a filha, o filho e a empregada doméstica também decidiam ‘abandonar o barco’. Aqui, efectivamente, achei que o mau gosto tinha sido atingido.
Já no meu post anterior, “Há coisas fantásticas, não há?”, eu considerava que o estereótipo do anúncio focava muitas situações que poderiam esconder graves problemas dentro do seio de uma família. Em vez de se procurar uma união familiar, havia um anúncio a promover a distribuição do sinal de TV por toda a casa. Será essa imagem representativa das famílias actuais, em que todos os membros se isolam a ver televisão nos seus “aposentos”? quando o mundo ficou uma vez mais chocado com a morte de duas jovens, vítimas de anorexia, será prudente achar normal que os filhos se possam isolar num quarto a ver televisão?
Desta vez, os anúncios da TV-Cabo exploram a imagem que nas casas onde não existe TV-Cabo, há o risco de haver divórcios e afastamento na relação entre pais e filhos. Tal como diz MST, ofende os valores mínimos do casamento, da família e da vida em sociedade.
(…)
O próprio Estado é um péssimo exemplo. No fiasco da campanha rodoviária deste ano, o anúncio original dizia: “Todos os anos cai em Portugal um avião cheio de crianças. É este o número…”. Depois de inúmeras críticas, o anúncio foi alterado para “Um avião cheio de crianças. É este o número…”. Será possível que quem tenha encomendado este assunto não tivesse um pingo de bom-senso? Sabem quanto custou este anúncio ao Estado e por associação, a todos nós?
Mais aqui
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário