Andava eu a preparar-me para o natal, quando no dia 22 de Dezembro assisto à seguinte notícia na Sic Notícias.
A revista FHM decidiu por em prática nas ruas de Lisboa uma campanha rodoviária com origens na Dinamarca. A campanha consistia em colocar nas artérias principais, membros do sexo feminino com muito pouca roupa, a agarrar sinais de proibição de circulação a mais de 50 km/h, com o objectivo de lembrar aos automobilistas a necessidade de moderar a velocidade. Aqui, o ‘pouca roupa’, em pleno Inverno (cerca de 10º na rua), significava usar uns mini-calções e a parte de cima de um bikini. Na Dinamarca, as meninas da campanha vão para a rua em topless.
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Eu não queria acreditar. Mas esta campanha poderia fazer algum sentido?
«…já que a presença das mulheres assegurou que os automobilistas abrandassem à passagem pelos pontos-chave da campanha…», porque seria?
Em primeiro lugar há que salientar que tudo correu pelo melhor e que as meninas não provocaram nenhum acidente. Sim, um acidente. Todos os homens devem ter ido a olhar pelo espelho retrovisor durante uns bons metros, para tentar ver tudo o que lhes tenha escapado na abordagem frontal que fizeram às meninas. Por isso, foi mesmo uma sorte não terem batido em algum carro que estivesse parado mais à frente.
(…)
Num dos melhores anúncios de 2006, a Galp conseguia parar Portugal sempre que o dito anúncio passava na televisão (recorde aqui o spot e veja aqui tudo sobre a campanha).
Depois de passar o impacto inicial e após apurada investigação se saber que a bela e escultural modelo se chamava Katarzyna Potoczek, lá nos debruçámos sobre o objectivo do anúncio. O que estava em causa era que a Galp estava a lançar uma nova garrafa de gás, com o nome de código ‘Pluma’, que tinha a particularidade de ser tão leve que podia ser carregada por uma mulher.
Se fosse só isto nem era mau. Os homens, depois de passar o anúncio até poderiam ter reparado que havia uma garrafa de gás no anúncio. As mulheres, ficariam satisfeitas por existir mais um artigo onde não necessitavam da ajuda masculina para o transportar, pois até isso eles se esqueciam de fazer.
Só que a campanha virou algo do género: “Ligue para a Galp e mude para a ‘Pluma’. O serviço de troca é grátis e habilita-se a que seja feito por uma miúda do gás!”. Aqui é que isto descarrilou. Posso estar enganado, mas regra geral, quem costuma estar em casa e organiza e paga as contas até é a mulher (conheço muitas situações assim). Por isso, que interesse teria uma mulher em que o serviço da troca para a ‘Pluma’ fosse efectuado por uma miúda do gás?
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Não sei o que é feito da Maxim, ou se ainda se vende, mas eu nunca a comprei porque achei que não sabia daquilo que eu gostava. Sem dúvida que prefiro ler a Máxima.
Mas digam-me, pela publicidade e outros eventos, constata-se que em geral o mundo só gira em torno do homem ou foi apenas uma análise absurda que eu fiz?
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Um comentário:
enquanto as mulheres deixarem que se "use e abuse" da forma patética nalguns casos em que se expoem...Apesar de às vezes parecer que o mundo gira em torno dos homens, acredite que não é verdade. Mas gostei d eler a sua análisa, porque visto dessa forma, até leva crer que sim;)
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