quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Vida Vivida Vivamente

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“Vive o momento, NOW!”
Num dos bons anúncios da Vodafone, ficámos a saber que a
efémera apenas tem um dia de vida. Assim, nesse dia, ela tem que o viver ao máximo e fazer tudo aquilo que nós fazemos durante uma vida. No entanto, com um único dia de vida o que restava à efémera fazer senão aproveitar a sua curta existência e ser feliz?
Nós, com uma esperança média de vida entre 70 a 80 anos poderemos dizer que sempre temos mais tempo para reflectir sobre os nossos actos e sobre a forma como pretendemos viver a vida. Não estamos tão desesperados como a efémera. Por outro lado, a Tartaruga Gigante das ilhas Galápagos vive cerca de 150 anos. Apesar de só comer folhinhas, ainda terá mais tempo sobre o que pretenderá fazer da sua lenta vida.
Quando eu menciono estes tempos de vida quero chegar ao ponto em que todos nós, a certa altura da vida, olhamos para trás e dizemos: “mas o que é que eu fiz em concreto até agora? Não podia ter feito melhor? Será que desperdicei a vida até agora?”. Estes tipos de questões não podem ser respondidas da mesma forma por todos nós. Será sempre uma questão subjectiva. Os meus critérios de objectivos cumpridos, de fracasso ou insatisfação serão sempre diferentes de todas as outras pessoas.
Então, em que é que eu me posso basear para dizer que estou a viver a vida na sua plenitude?
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Fará sentido passar uma vida a trabalhar, apenas a pensar no dia da reforma para aí finalmente se gozar a vida? Nem queiram saber a quantidade de roulotes que se vêm no Algarve, com casais na idade pós-reforma. Não sei se antes gozaram a vida, mas que agora a estão a gozar a vida, ai lá isso estão.
Na revista ‘Tabú’ (nº 11, 25/11/2006), li que há vida depois dos 65. Cito «Com 85 anos, Maria Amélia Bravo dançou até às seis da manhã na festa dos 90 anos de uma amiga.». No casamento da neta, estava à volta da tábua dos queijos, eram oito e meia da manhã. GRANDE MULHER! Leiam o artigo que vale a pena.

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quarta-feira, 22 de novembro de 2006

'JAWS', ui que medo!



Ontem, ouvi a notícia que tinha sido capturado um tubarão-frade em Sesimbra. O peixe – sim, tubarão é peixe – media cerca de sete metros de comprimento e pesava umas 2,5 toneladas. Bom, antes que pensem que foi capturado à babuja por algum pescador com uma cana de fibra-de-vidro, convém dizer que a embarcação que o capturou, de nome ‘Sempre Coragem’ estava à pesca de peixe-espada preto, que se encontra a cerca de mil metros de profundidade.
Em relação a esta captura, o biólogo marinho Élio Vicente – especialista contactado para dizer qualquer coisa a este respeito – afirmou «…que não é vulgar encontrá-los a dois ou três quilómetros da costa…alimenta-se de pequenos animais marinhos e algas, "não oferecendo perigo nem para uma sardinha", lembrando que "não têm dentes e só filtram microrganismos"».
Assim, se uma criancinha com bóias nos braços fosse ‘aspirada’ por este descendente da pré-história, é porque tinha ocorrido um terrível erro de análise da parte deste, ao confundir a inocente com um bocado de plâncton. Na primeira imagem, podem observar um lindo exemplar ‘Cetorhinus maximus’ a alimentar-se. Se virem dentes, é favor contactar Élio Vicente.
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Bom, o que está em causa é que a pobre da minha mãe, num acto de pura ingenuidade e talvez pensando que era um filme tipo National Geographic, lembrou-se de me levar a ver o JAWS. Sei que em algumas cenas tapei os olhos com as mãos, deixando sempre uma fresta para ver o sangue a espirrar. Durante o filme, mal ouvia a ‘péssima’ banda sonora, todo eu tremia – talvez ‘borrava-me’ fosse mais expressivo - a pensar que o danado do peixe ia aparecer para abocanhar a perna de mais um banhista incauto. Entretanto, nesse ano nós íamos de férias para Sesimbra. Quem é que dizia que eu era capaz de ir banhos nas águas geralmente calmas e óptimas para nadar daquela fantástica baia? Pois é. Até eu perceber que não iria ser atacado por algum tubarão branco naquelas águas geladas, ainda foi necessário passar bastante tempo.

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domingo, 19 de novembro de 2006

Bestas vs Bestiais

Hoje, 19 de Novembro, celebra-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, instituído em 2002 pelo Papa João Paulo II. Em Portugal morreram 70 mil pessoas devido a acidentes rodoviários no século XX. No Mundo inteiro, as estradas fizeram mais de 25 milhões de mortos. O que é que isto tem a ver com o título do post? já lá chego.

Um aspecto positivo. Apesar destes números assustadores, resultantes da guerra civil diária que ocorre nas nossas estradas, importa assinalar um dado importante: Neste momento, somos o segundo país da Europa que mais reduziu as mortes em acidentes. Tudo indica que este ano, Portugal deverá ficar abaixo da fasquia negra e simbólica dos mil mortos anuais em acidentes rodoviários. Refira-se que em 1998, o número de mortos ascendeu a 1865, existindo desde então uma tendência para a diminuição anual desse número. Isto revela que tem existido maior consciencialização dos condutores e que os novos códigos da estrada têm surtido efeitos.

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sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Smoke No Smoke

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No final de 2005, após muitos anos a fumar dois maços por dia, andava com umas ideia esquisitas. Uma voz interior dizia-me: “Tú deixa de fumar. Olha que isso é mau.”. Incomodado com esse ‘besouro’ constante no meu ouvido, eu lá ia pensando que até seria uma boa ideia.

O problema é que a minha cabeça começa com pensamentos estranhos: “Último cigarro? Último? Eu não gosto de pensar que existe um último. E se é o último, será que o tenho de fumar de forma diferente? Dou passas pequenas para prolongar o prazer – tipo cigarro tântrico – ou dou passas prolongadas como se não houvesse amanhã? E se eu fumo apenas porque tenho um tique de mão? O que farei depois? Ponho a mão no bolso? Procuro uma caneta para brincar? Que desculpas vou dar para sair a meio das reuniões ou das salas de espera?”.
Eram demasiadas questões e eu não tinha resposta para cada uma delas.

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domingo, 12 de novembro de 2006

Vidas que mudam em milissegundos

Ontem, pelas 18:40 ouviu-se um estrondo. Um estrondo que quando o ouvimos uma vez nunca mais o conseguimos esquecer. Duas crianças - de dez e doze anos - que brincavam perto, não devem ter percebido de imediato o que se tinha passado. Os seus pais, que estavam a descarregar as malas do carro, tinham acabado de morrer numa questão de milissegundos. A morte por esmagamento, foi provocada por uma viatura de uma empresa que colidiu contra a traseira da viatura por onde os pais das meninas tiravam as malas. Nada se sabe sobre o condutor da viatura que provocou esta tragédia, apenas que era do sexo masculino, que não sofreu qualquer ferimento e que ainda tentou fugir do local do acidento, tendo no entanto sido capturado pelas autoridades.

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sábado, 11 de novembro de 2006

Numa tarde de Outono observamos a natureza.



Numa tarde de Outono levamos alguém a ouvir o mar

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quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Há coisas que não se dizem!

Quando somos pequenos, podemos dizer tudo o que pensamos. Quanto muito, ouvimos um “Luis Miguel! Não se diz isso que é feio!”.
Quando estamos com uma criança e ela nos diz “tu é muta feio!”, nós aceitamos porque a uma criança tudo se perdoa. Quando crescemos, tomamos consciência que há pensamentos que devem ficar confinados a uma zona do cérebro, com o nome “caixa-para-guardar-tudo-o-que-pensou-mas-não-deve-dizer”.

O problema é que algumas pessoas, adiante designadas por ‘desbocadas’, por algum motivo genético – dirão uns – não nasceram com um centro de auto censura implantado no hemisfério direito do cérebro – aquele que comanda a fala. Assim, não têm um conjunto de neurónios, dotados de lápis azuis, que consigam riscar os pensamentos mais impróprios, impedindo-os de serem comunicados para o altifalante do sistema de som do corpo.

Estas pessoas apenas devem ter um único ‘fiscal’ para todo o cérebro. Perante tão grande caudal de pensamentos impróprios, este apenas consegue correr cérebro abaixo a gritar “Agarra que é um pensamento impróprio! Agarra o gajo! Por favor, não o deixem chegar à boca!”.

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sábado, 4 de novembro de 2006

Blogs, um submundo da porcaria?

No dia 15 de Outubro de 2006, na Ilha das Flores, Gabriela Silva em frente ao seu computador escreveu as seguintes palavras:

«Activei hoje este blogue. Estou preocupada porque não sei ainda como devo fazer algumas coisas mas há uma sensação que é mais forte que todas as outras: é esta coisa de colocar on-line aquilo que se pensa que se sente. Parece um diário. Será que os blogues são uma consequência da solidão que se vive nesta sociedade anónima em que ninguém respeita ninguém ou onde dar a cara pode ser fatal?».
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Hoje, Rita Ferro Rodrigues - que semanalmente na revista ‘Única’ do ‘Expresso’ dedica os seus textos a falar de um blogue, geralmente de autoria feminina – não destaca qualquer blog. Esta semana RFR, dedica o seu texto a falar sobre o ‘lado negro’ da blogoesfera, ou seja, RFR sai em defesa de Miguel Sousa Tavares – ainda a propósito da tal acusação num blogue de plágio na obra ‘Equador’. Assim, RFR, diz:

«O que aconteceu a Miguel Sousa Tavares acontece diariamente na blogoesfera portuguesa: temos juízes, advogados, políticos e jornalistas, entre outros, sob anonimato, a lançar boatos miseráveis e lama para cima de quem não se pode defender.»
«É uma espécie de submundo da porcaria, onde se movimentam pegajosos, alguns vermes que retratam pequenez…É o país que temos – a blogoesfera limita-se a espelhá-lo.».


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quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Tenho Fobias! E depois!?



Hoje, decidi falar de fobias. Ou melhor, decidi confessar as minhas fobias. Não é o medo do escuro, medo de andar de avião, medo do que possam pensar. Não. São medos elevados ao cubo.
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No caso dos insectos, considero um problema parcial, pois existe um conjunto de espécies que não me afectam, caso das formigas, moscas e joaninhas. No entanto, apresento imagens dos seres que são capazes de me provocar reacções incontroláveis ou ridículas, tipo, saiam da frente que eu estou a fugir e a bater-me no corpo com as mãos.
Por grau decrescente de pânico, indico o gafanhoto e a barata. Isto implica que em casa e no carro, as janelas estejam sempre fechadas (medida anti-gafanhoto) e a casa tenha sido adquirida numa zona nova da cidade de Faro (medida fundamental anti-barata).
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E quando fui à Madeira, armado em corajoso, disse: “vamos no teleférico!”. Devia estar maluco na altura. Nunca imaginei que um teleférico pudesse ter tanto vidro. Na subida, a meio do trajecto, nem sei como não me saltou o enorme pequeno-almoço do hotel. Acho que os meus dedos ficaram marcados para sempre no banco do teleférico, tipo ‘aqui esteve um altofobo’.

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