quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Há coisas que não se dizem!

Quando somos pequenos, podemos dizer tudo o que pensamos. Quanto muito, ouvimos um “Luis Miguel! Não se diz isso que é feio!”.
Quando estamos com uma criança e ela nos diz “tu é muta feio!”, nós aceitamos porque a uma criança tudo se perdoa. Quando crescemos, tomamos consciência que há pensamentos que devem ficar confinados a uma zona do cérebro, com o nome “caixa-para-guardar-tudo-o-que-pensou-mas-não-deve-dizer”.

O problema é que algumas pessoas, adiante designadas por ‘desbocadas’, por algum motivo genético – dirão uns – não nasceram com um centro de auto censura implantado no hemisfério direito do cérebro – aquele que comanda a fala. Assim, não têm um conjunto de neurónios, dotados de lápis azuis, que consigam riscar os pensamentos mais impróprios, impedindo-os de serem comunicados para o altifalante do sistema de som do corpo.

Estas pessoas apenas devem ter um único ‘fiscal’ para todo o cérebro. Perante tão grande caudal de pensamentos impróprios, este apenas consegue correr cérebro abaixo a gritar “Agarra que é um pensamento impróprio! Agarra o gajo! Por favor, não o deixem chegar à boca!”.

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